Comemorado anualmente em 17 de maio, o Dia Internacional Contra a LGBTfobia é uma data que tem como objetivo conscientizar e sensibilizar a população sobre os preconceitos e discriminações sofridos pela comunidade LGBTQIA+. Essa celebração teve origem em 1990, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou a homossexualidade da lista de doenças mentais. Desde então, essa data tem sido marcada por diversas iniciativas que buscam promover a igualdade de direitos e a luta contra a discriminação em todas as suas formas.
Ao longo das últimas décadas, personalidades importantes da causa LGBTQIA+ têm lutado para que a sociedade reconheça e respeite a diversidade sexual e de gênero. Essas pessoas têm sido fundamentais para os avanços obtidos na luta contra a homofobia, a transfobia e outras formas de intolerância.
Neste blog, vamos abordar diversos temas relacionados ao Dia Internacional Contra a LGBTfobia, desde a história da data até as personalidades que marcaram a luta pela igualdade de direitos. Além disso, vamos discutir os avanços conquistados até o momento e os desafios que ainda precisam ser enfrentados.
História da luta contra a LGBTfobia
A história da luta contra a LGBTfobia é marcada por uma série de desafios, resistências e conquistas. Durante muitos anos, a homossexualidade e outras formas de expressão da sexualidade e da identidade de gênero foram vistas como doenças, pecados ou comportamentos desviantes pela sociedade em geral. Essa visão preconceituosa e discriminatória gerou um grande número de violações dos direitos humanos e das liberdades individuais de pessoas LGBTQIA+ em todo o mundo.
Foi somente a partir do final do século XX que começaram a surgir movimentos organizados de defesa dos direitos LGBTQIA+. A partir daí, muitas organizações da sociedade civil, ativistas e defensores dos direitos humanos passaram a lutar por uma mudança de mentalidade e por leis que garantissem a igualdade de direitos para todas as pessoas, independentemente de sua orientação sexual ou identidade de gênero.
17 de maio – Dia Internacional Contra a LGBTfobia
Essa data foi escolhida como o Dia Internacional Contra a LGBTFobia em homenagem a retirada da homossexualidade da lista de doenças mentais pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 17 de maio de 1990.
Essa decisão foi um marco na luta contra o preconceito e a discriminação sofridos pelas pessoas LGBTQIA+. Ao retirar a homossexualidade da lista de doenças mentais, a OMS reconheceu que a orientação sexual não é uma patologia e que as pessoas LGBTQIA+ não devem ser estigmatizadas ou discriminadas por causa de sua sexualidade ou identidade de gênero.
Anteriormente, considerava-se a data como o “Dia Internacional da Homofobia”. O termo “homofobia” se refere especificamente à aversão, repulsa ou preconceito contra pessoas homossexuais, ou seja, aquelas que sentem atração por pessoas do mesmo sexo. No entanto, essa aversão e preconceito podem se manifestar também contra pessoas bissexuais, transgêneros, intersexuais e outras que não se identificam como heterossexuais. Por isso, a expressão “LGBTfobia” ou “LGBTQfobia” é mais abrangente e engloba todas as formas de preconceito e discriminação baseadas na orientação sexual ou identidade de gênero.
A necessidade de reconhecer e combater todas as formas de discriminação e violência contra a comunidade LGBTQIA+ motivou a mudança do termo “homofobia” para “LGBTfobia” ou “LGBTQfobia”. Essa mudança também reflete uma compreensão mais ampla e inclusiva da diversidade sexual e de gênero, que reconhece que as pessoas LGBTQIA+ podem ter diferentes orientações sexuais, identidades de gênero e expressões de gênero.
A mudança do termo também levou a uma ampliação do escopo do Dia Internacional Contra a LGBTFobia, que passou a abordar não apenas a homofobia. Isso permitiu uma conscientização mais ampla sobre as diversas formas de opressão que afetam a comunidade LGBTQIA+, ajudando a promover a igualdade de direitos e o respeito pela diversidade sexual e de gênero.
Outros marcos na luta contra a LGBTfobia
Além da retirada da homossexualidade da lista de doenças mentais pela OMS em 1990, existem outros marcos importantes na luta contra a LGBTfobia. Confira alguns deles:
- 2001: Países Baixos se tornam o primeiro país a legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
- 2003: A Suprema Corte dos Estados Unidos derruba as leis que criminalizavam a homossexualidade em todo o país.
- 2012: O Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas aprova a Resolução 17/19, que reconhece a violência e a discriminação baseada em orientação sexual e identidade de gênero como uma violação dos direitos humanos.
- 2015: A Suprema Corte dos Estados Unidos legaliza o casamento entre pessoas do mesmo sexo em todo o país.
- 2018: A Índia descriminaliza a homossexualidade, derrubando uma lei colonial que criminalizava a prática há mais de 150 anos.
- 2019: O Brasil e outros países da América Latina realizam marchas do Orgulho LGBTI+ para celebrar o aniversário de 50 anos da Revolta de Stonewall, que marcou o início da luta pelos direitos LGBTQIA+ nos Estados Unidos.
Esses são apenas alguns exemplos de marcos históricos na luta contra a LGBTfobia. Cada país e região tem sua própria história e seus próprios desafios, mas é importante reconhecer que a luta pela igualdade de direitos é uma luta global e que ainda há muito a ser feito para garantir que todas as pessoas sejam tratadas com respeito, dignidade e igualdade, independentemente de sua orientação sexual ou identidade de gênero.
Como eu posso contribuir nessa luta?
- Informe-se e eduque-se sobre a diversidade sexual e de gênero. Estar bem informado sobre as questões que afetam a comunidade LGBTQIA+ e entender como as formas de preconceito e discriminação afetam a vida das pessoas é muito importante. Procure informações confiáveis e converse com pessoas que vivenciam essas questões.
- Combata o preconceito e a discriminação em seu círculo social. A discriminação e a violência contra pessoas LGBTQIA+ muitas vezes ocorrem no âmbito familiar, escolar, religioso ou profissional. É importante que você esteja atento a qualquer forma de preconceito e discriminação e se posicione contra elas.
- Apoie organizações e iniciativas que lutam pelos direitos LGBTQIA+. Existem muitas organizações e grupos que lutam pela igualdade de direitos e pela proteção da comunidade LGBTQIA+. Apoie essas iniciativas, seja por meio de doações, voluntariado ou simplesmente divulgando suas ações.
- Use sua voz nas redes sociais. As redes sociais são uma poderosa ferramenta para disseminar informações e conscientizar as pessoas sobre a diversidade sexual e de gênero. Compartilhe informações relevantes, apoie as causas LGBTQIA+ e ajude a ampliar o debate sobre essas questões.
- Respeite a diversidade sexual e de gênero. Por fim, a melhor forma de contribuir para a luta contra a LGBTfobia é respeitando a diversidade sexual e de gênero em todas as suas formas. Trate todas as pessoas com respeito, dignidade e igualdade, independentemente de sua orientação sexual ou identidade de gênero. A mudança começa com cada um de nós.
Personalidades LGBTQIA+ marcantes e seus feitos na luta contra o preconceito
Conhecer a história e apoiar o trabalho das pessoas LGBTQIA+ ajuda a promover a conscientização sobre as questões que afetam a comunidade. Isso inclui as formas de opressão e discriminação que muitas vezes são invisibilizadas ou minimizadas pela sociedade.
Além disso, conhecer a história e apoiar o trabalho dessas pessoas pode ser uma fonte de inspiração para outras pessoas que lutam pelos direitos LGBTQIA+. Ao conhecer suas histórias, as pessoas podem se sentir encorajadas a continuar lutando por uma sociedade mais justa e inclusiva.
Também é importante apoiar o trabalho dessas pessoas porque isso ajuda a promover a visibilidade e o reconhecimento da comunidade LGBTQIA+. Muitas vezes, essas pessoas são invisibilizadas e marginalizadas pela sociedade, o que pode levar à discriminação e à violência. Por fim, conhecer a história e apoiar o trabalho das pessoas LGBTQIA+ é uma forma de demonstrar solidariedade e empatia com a comunidade. Isso pode ajudar a criar uma sociedade mais acolhedora, inclusiva e respeitosa com as diferenças, que valoriza e celebra a diversidade sexual e de gênero.
Então confira 5 personalidades que você precisa conhecer:
- Silvero Pereira: conhecido por suas atuações no teatro, televisão e cinema como ator, diretor e dramaturgo brasileiro. Ele é um forte defensor dos direitos LGBTQIA+ e tem participado de diversas iniciativas que visam combater a homofobia e a discriminação no Brasil.
- Erika Hilton: ativista trans e política brasileira que foi eleita como a primeira vereadora trans da cidade de São Paulo em 2020. Ela é uma das principais vozes na luta pelos direitos das pessoas trans e pela igualdade de direitos para todas as pessoas.
- Laerte Coutinho: cartunista, ilustrador e ativista trans brasileiro que usa sua arte para promover a visibilidade e a inclusão de pessoas trans na sociedade brasileira. Ele participa de diversas iniciativas que visam combater a discriminação e a violência contra a comunidade LGBTQIA+.
- Stephanie Beatriz: atriz americana conhecida por seus papéis em séries como “Brooklyn Nine-Nine” e “The Light of the Moon”. Ela se assumiu publicamente como bissexual em 2016 e tem sido uma defensora dos direitos da comunidade LGBTQIA+.
- Liniker: cantora, compositora e ativista brasileira que se assumiu publicamente como lésbica e não-binária. Ela tem lutado pela visibilidade e igualdade de direitos para as pessoas LGBTQIA+ no Brasil e no mundo. É uma das principais vozes da música brasileira atualmente e tem sido um exemplo de representatividade e diversidade.
Se engaje nesse Dia Internacional Contra a LGBTfobia!
No Dia Internacional Contra a LGBTfobia, é importante conscientizar-se sobre as questões enfrentadas pela comunidade LGBTQIA+ e se engajar em ações para combater a discriminação e a violência. Portanto, procure por eventos, manifestações e atividades que visam combater a LGBTfobia e promover a igualdade de direitos que você possa participar. Além disso, fale sobre o assunto no seu local de trabalho e com as pessoas do seu círculo social.
Também é importante lembrar de não manter essas ações apenas no dia de hoje! Então torne um hábito consumir produtos de artistas LGBTQIA+, pesquisar sobre o tema e se engajar em ações sociais. Vamos juntos nessa luta por uma sociedade mais justas e com menos preconceito.